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Três em cada 10 empresas no Brasil foram vítimas de crimes digitais

E consequências para quem deixa de cuidar de seus interesses corporativos, de fato, não costumam faltar.

Autor: Eliane QuinaliaFonte: InfoMoney

Os crimes digitais têm atingido cada vez mais empresas brasileiras. Para se ter uma ideia, em 2011, mais de um terço (32%) das empresas relataram ter sido vítimas desta prática. A informação faz parte da 6ª Pesquisa Global sobre Crimes Econômicos – 2011, da PwC, que revela que o crime, apesar de comum, ainda não superou o roubo de ativos, que afetou no último ano 68% das organizações.

Divulgado nesta sexta-feira (24), o levantamento apontou ainda que os ataques no País já são tantos, que superam até a média mundial, que atualmente é de 23%.

Ameaça à vista
Um dado mais alarmante ainda é revelado pela pesquisa: o de que a maioria das empresas não está nem um pouco preparada para se proteger dessas ameaças virtuais.

Ao que parece, 51% dos ouvidos no Brasil informaram que os CEOs e a diretoria de suas empresas ainda não adotaram processos de verificação de ameaças de crimes digitais ou, então, que os adotaram de modo não formal, apenas para fins específicos (40% no mundo).

Além disso, constatou-se que a maioria dos respondentes não possui um plano de resposta para crises cibernéticas em vigor. “Das empresas brasileiras, 37% não promoveram qualquer tipo de treinamento em segurança digital nos últimos 12 meses”, informa a pesquisa.

Consequências
E consequências para quem deixa de cuidar de seus interesses corporativos, de fato, não costumam faltar. A abordagem relativa ao problema, por exemplo, costuma ser custosa e atinge níveis preocupantes.

Segundo o levantamento, 8% das empresas afetadas no Brasil sofreram perdas superiores a US$ 5 milhões e 5% registraram prejuízos de US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão. O problema, no entanto, é que nem mesmo tais perdas têm servido de lição para muitas delas. "A maioria dos respondentes (63%) consideram que o dano à reputação de uma organização e não o prejuízo financeiro (48%) é a maior preocupação em um ataque", explica o levantamento.

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