No ano passado como um todo, os resgates em caderneta de poupança superaram os depósitos.
Foram R$ 103,237 bilhões de retiradas líquidas, a maior da série histórica do Banco Central (BC), calculada desde janeiro de 1995. Em 2021, a poupança registrou saída líquida de R$ 35,469 bilhões.
Em dezembro, normalmente a poupança registra entrada líquida em virtude do recebimento do 13º salário.
Assim, no mês passado, os brasileiros depositaram R$ 352,470 bilhões e sacaram R$ 346,211 bilhões na caderneta, deixando o saldo positivo em R$ R$ 6,259 bilhões. Trata-se do primeiro resultado positivo após seis meses seguidos de retiradas líquidas.
Em 2022, além de dezembro, a modalidade só havia registrado entrada líquida em maio, com ingresso de R$ 3,514 bilhões.
Em novembro, houve resgate líquido de R$ 7,419 bilhões. Em outubro, por sua vez, as retiradas foram de R$ 11,007 bilhões.
Em agosto, a poupança havia registrado a maior retirada líquida da série, com R$ 22,015 bilhões.
Após uma série de resultados negativos, o saldo total da poupança continuou abaixo de R$ 1 trilhão em setembro, totalizando R$ 998,943 bilhões.
Em agosto de 2020, diante de desempenho significativamente positivo por vários meses seguidos em função da pandemia de covid-19, a caderneta superou a marca de R$ 1 trilhão e permaneceu no patamar até julho deste ano.
No mês passado, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) registraram depósito líquido de R$ 5,668 bilhões. No caso do crédito rural (SBPR), houve entrada de R$ 590 milhões.